A Ascensão do Senhor não é uma festa de despedida de Jesus. É, sim, a celebração da certeza de que Ele estará sempre conosco como prometeu: “Eu estarei sempre convosco até o fim dos tempos”.
Já se passaram quarenta dias depois da Páscoa e nesse tempo acompanhamos as muitas aparições de Jesus Ressuscitado aos seus apóstolos e discípulos. Apareceu a eles de diversas maneiras e lugares diferentes para que eles não tivessem dúvidas de sua ressurreição.
No começo era tão estranha para todos a sua presença viva que chegavam a confundi-lo, como se fosse um jardineiro, na aparição à Maria Madalena; um fantasma, na beira do lago para os apóstolos, um andarilho estranho aos discípulos de Emaus, etc…
Mostrou-nos com isso que não precisamos procurá-lo só em lugares especiais, dentro das igrejas ou nos sacrários. Basta crer no que Ele foi e viver o que ensinou e Ele se manifesta e se faz presente por toda parte.
O Cristo que veio, que morou entre nós durante 33 anos, agora se ausenta fisicamente e fica torcendo pela sua e nossa causa de um modo espiritual e muito eficiente.
Como dizem as leituras hoje: “A Ascenção do Senhor, já é nossa vitória”. Isso até que, um dia, todos nós seus discípulos e missionários estaremos lá onde Ele agora está definitivamente e garantindo para todos nós o lugar que Ele, indo na frente, está preparando para cada um de nós. A festa da Ascensão do Senhor não é motivo de tristeza, mas de alegria. Jesus fez a sua parte, agora é a nossa vez até o fim dos tempos. “Ide, vós pelo mundo inteiro e façam discípulos meus todos os povos da terra” (Mateus 28,19).
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Pe. Alvino I. Milani
Vigário Paroquial do Santuário de Azambuja e
Capelão o Hospital de Azambuja