Estamos próximos ao mês da bíblia. A bíblia nasce de um ambiente de fé, para alimentar a mesma. A Escritura contém a Palavra que não está estanque aos tempos em que foi redigida, mas fala no hoje de nossas vidas: tem uma voz, um rosto, um caminho, o próprio Deus, que falou de modo especial e definitivo pelo seu Filho Jesus.
Nada na revelação foge ao nosso dia a dia, ao todo do ser humano. Ler é sempre interpretar. Os acontecimentos são percebidos segundo os sentidos que damos a eles. A bíblia só é Palavra de Deus, mas é simultaneamente palavra de gente, em linguagem humana com todos os seus condicionamentos, fragilidades, preconceitos e potencialidades. Para uma boa interpretação precisamos de três pressupostos.
– O pré-texto: este depende da condição das pessoas que vão lê-lo, pois ele responderá as perguntas que fizermos a ele. O leitor é sempre alguém com conceitos e pré-conceitos.
– O texto: não deve esquecer a distância linguística, cultural e temporal que nos separam da redação original, conhecendo sempre mais os limites de nossa ignorância.
– O contexto: leve em conta o momento histórico, econômico, sociológico, religioso e político em que foi escrito, pois é a condensação de uma multiplicidade de histórias de fé. O texto não pode ser pinçado de seu contexto.
Então vamos neste mês que se aproxima:
- redescobrir a Palavra de Deus;
- promover a animação bíblica da pastoral;
- ser testemunha da Palavra;
- empreender nova evangelização;
- amar a Palavra de Deus.
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Pe. Eder Claudio Celva
Vigário Paroquial do Santuário de Azambuja e Formador do Seminário de Azambuja