A liturgia deste domingo quer centrar nossa reflexão na lógica do amor de Deus. Mostra um Deus que ama todo ser humano, infinita e incondicionalmente, impedindo até que o pecado os afaste desse amor…
A primeira leitura apresenta-nos a atitude misericordiosa de Deus face à infidelidade do Povo. Deus assume uma postura que se repetirá ao longo da história da salvação: o amor vence a vontade de punir.
Na segunda leitura, São Paulo recorda algo que nunca o espantou: o amor misericordioso de Deus manifestado em Jesus Cristo. Esse amor derrama-se profusamente sobre os pecadores, transforma-os e torna-os pessoas novas. Paulo é um exemplo concreto dessa lógica de Deus, por isso, nunca deixará de testemunhar esse amor de Deus.
O Evangelho apresenta-nos, como dissemos acima, Deus que ama a todos os homens e que, de forma especial, se preocupa com os pecadores, os excluídos, os marginalizados. São três parábolas que se tornaram conhecidas como “as parábolas da misericórdia”.
A primeira é a da ovelha perdida. O “deixar as noventa e nove ovelhas para ir ao encontro da que estava perdida” mostra a preocupação de Deus com cada pessoa que se afasta. O “pôr a ovelha nos ombros” mostra o cuidado e a solicitude de Deus, que trata com amor os que dele se afastam e necessitam de atenções especiais. A alegria desproporcionada do pastor que encontrou a ovelha mostra a alegria de Deus ao encontrar o filho que se afastou da comunhão com Ele.
A segunda reafirma o ensinamento da primeira. O amor misericordioso de Deus busca aquele que se perdeu e alegra-se quando o encontra.
A parábola do “filho pródigo” apresenta Deus como um pai que espera ansiosamente a volta do filho rebelde, o abraça quando o avista, o faz reentrar em casa e promove grande festa para celebrar o reencontro.
As parábolas da misericórdia revelam-nos um Deus que ama a todos sem exceção, e tem um coração fraco pelos marginalizados, excluídos e pecadores. Seu amor não é condicional: Ele ama, apesar do pecado.
Conclusão: Se essa é a lógica de Deus em relação aos que erram, é essa mesma lógica que deve marcar nossa atitude face àqueles que nos ofendem ou têm vidas duvidosas e moralmente reprováveis.
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Fonte inspiradora: www.dehonianos.org/portal/liturgia-ano-c/